Por Marcelo Bahiano
Marcelo Bonfá tem mais de 30 anos trabalhando como radialista.
Foi uma tarde cheia de espectativa por parte dos associados da ACIDE. Nessa terça-feira 06, o radialista Marcelo Carvalho Andrade, nome artístico, Marcelo Bonfá, contou a sua história no rádio, deu dicas de algumas técnicas e ainda visitou o estúdio da Rádio Digital ACIDE,
Marcelo Bonfá / Foto – Marcelo Bahiano
“”Fico muito feliz em vir contar isso aqui para vocês da ACIDE, isso me faculta eu viajar pelas minhas memórias!”” Fala Marcelo, relembrando da sua carreira radiofônica, que começou em 1986 numa rádio em Bom Jesus da Lapa, apesar de ser natural de Itapetinga – BA. Trabalhou na Rádio Bandeirantes em Vitória da Conquista, Rádio Salvador, Rádio Piatã e depois foi trabalhar em emissoras de Aracaju SE, onde passou mais da metade da sua carreira.
Para Marcelo o rádio está migrando para a internet, por ser simples e não precisar de muitos equipamentos, ainda contar com ferramentas eficazes de divulgação, nesse caso, as redes sociais facilitando a transmissão. Marcelo ainda falou que as grandes emissoras das capitais estão perdendo espaço para as rádios do interior, o motivo seria que pessoas vivendo longe da sua terra, queiram saber notícia da sua cidade e com a web foi possível essa aproximação. O radialista ainda visitou os estúdios da Rádio ACIDE, deu algumas dicas e contribuiu com a sua experiência de 33 anos de carreira.
As ondas radiofônicas foram descobertas em 1860, pelo escocês James Maxwell. A primeira transmissão oficial feita por emissora de rádio no Brasil aconteceu em 1922, pelo presidente Epitácio Pessoa, em comemoração ao centenário da independência brasileira e assim inaugurava a rádio telefonia brasileira.
O rádio foi um veículo que já nasceu com as característica de ser inclusivo. Por fazer transmissões sem imagens, com linguagem descritiva, diferente da televisão que faz transmissões audiovisuais, limitando a descriçãodos fatros, por esse motivo é menos inclusivo. Por exemplo, num jogo de futebol, transmitido pelo rádio, o narrador descreve onde estão os jogadores e a bola, se está no campo defensivo, ofensivo ou nas laterais. sendo assim, quem nasceu cego ou por algum motivo depois perdeu a visão ainda prefere o rádio como um meio de comunicação.
Alex Lopes /Foto – Marcelo Bahiano
Alexsandre Lopes, que ficou cego depois dos 40 anos por causa do diabetes, já havia trabalhado na Rádio Sinai, atual Melodia FM, em Vitória da Conquista, como sonoplasta e de vez em quando fazia algumas locuções. Alex como é conhecido pelos amigos, trouxe essa experiência para a Rádio Web ACIDE, veículo que era um sonho da maioria dos associados da instituição. “”O rádio é um companheiro do dia a dia das pessoas, é um meio de comunicação muito importante, inclusivo.”” Afirmou Alex, que é diretor na rádio da instituição. Ele ainda tem expectativa em relação a emissora, que possa crescer e atrair patrocinadores.
Hebert Rony Ferraz /Foto – Marcelo Bahiano
“”A minha primeira experiência com rádio está sendo aqui, na Rádio ACIDE, mas sempre gostei de escutar e também sempre me despertou interesse em fazer um programa.”” explicou Hebert Roni Ferraz, que nasceu com Retinose Pigmentar, doença que o deixou cego e um dos locutores na rádio da instituição. Percebe-se que com o advento da internet, o receptor também está passando a ser emissor e a produzir conteúdo. Hebert ainda ressaltou que pretende ingressar no curso superior de Comunicação.
Joselito dos Santos Souza / Foto – Marcelo Bahiano
“”O rádio nunca perdeu a sua magia mesmo com advento dessas novas tecnologias, justamente por mexer com imaginário da gente.”” Falou Joselito dos Santos Souza, que ficou cego devido a uma degeneração na retina, é advogado, mas demonstra interesse pelo rádio, é um dos locutores da Rádio ACIDE e também apresenta um programa na Rrádio Web Bahia.
Segundo a Associação Brasileira de Rádio e TV (ABERT) com a invenção da plataforma streaming o número de web rádios no Brasil já ultrapassa 2.500 emisoras.