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ACIDE

Curso de mediação realizado na ACIDE, cria novas oportunidades para a pessoa com deficiência

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Por: Marcelo Bahiano

A mediação já está sendo considerada uma nova profissão no Brasil.

Foto – Marcelo Bahiano

Aconteceu entre os dias 02 e 04, na Associação Conquistense de Integração do Deficiente (ACIDE), o curso de mediação com a Economista, doutora em Engenharia da Produção pela UFSC e mediadora do Tribunal de Justiça da Bahia, Sheila Rangel, com o apoio da OAB Subseção Vitória da Conquista, ainda contou com a presença de pessoas que vieram de Alagoinhas, Cruz das Almas, Riachão do Jacuípe entre outras cidades baianas.

 

Sheila Rangel – Foto Marcelo Bahiano

Uma pessoa que queira seguir a carreira de mediador, não precisa necessariamente ser formada em Direito e a depender dos valores que envolve o conflito, a remuneração pode ser de 400,00 até 4000,00 reais, podendo ultrapassar essas quantias. O curso realizado na ACIDE, teve o objetivo de oferecer a pessoa com deficiência mais essa oportunidade de se incluir no mercado de trabalho.

“”Eu estou muito satisfeita com a turma, tem advogados, psicólogos e tem também pessoas com 18 anos que já pode exercer a mediação”” disse Sheila Rangel. Segundo ela no Brasil existem por volta de 60 milhões de processos, isso causa morosidade na justiça. Com a mediação extra judicial pode-se reduzir a demanda no judiciário “”às vezes o conflito é simples e as pessoas só querem alguém que te escute””, fala Sheila.

Nos casos mediados extrajudicialmente, 80% são solucionados com acordo. Com esse alto índice de sucesso, o judiciário também acaba tendo um desafogo, entretanto o conflito gera problemas de saúde entre as partes e seus familiares.

“”Uma vez me deu um insite de dar esse curso de mediação para pessoas com deficiência e graças a Deus vem dando certo!”” fala Sheila do sucesso do curso ministrado por ela pela sexta vez, agora em Vitória da Conquista e as outras cinco anteriores foram em Salvador”” já recebemos convites para ir à Santa Catarina e também Rio Grande do Sul para ministrar o curso em alguns municípios desses Estados”” explica Sheila sobre a proporção nacional que está tá tomando este projeto. A ministrante do curso ainda explica que o objetivo da mediação é tratar os sentimentos que ali estão ocultos. E a pessoa com deficiência visual consegue escutar as partes com mais sensibilidade.

“”Esses advogados litigantes estão fora de moda, o novo termo agora usado é advocacia colaborativa”” explicou Sheila, sobre a atual conjuntura que se encontra o direito.

Esse curso é pioneiro no Brasil, no início a pessoa com deficiência ficava com receio de ser julgada por causa da sua limitação, mas segundo Sheila as partes estão tendo uma boa recepção para com essas pessoas, e ainda explica que aceitação está sendo um sucesso porque o cego não julga as pessoas pela aparência.

 

Pedro Laranjeiras

“”A importância desse curso é como se fosse uma mão de via dupla, é mais um processo de inclusão para a sociedade reconhecer que a pessoa com deficiência pode atuar em mais um espaço”” afirmou Pedro Laranjeiras, advogado, presidente da Comissão de Mediação da OAB subseção Vitória da conquista, que também pensou a logistica para promover o curso de mediação no município.

 

Marcos Lobo – Marcelo Bahiano

Marcos Lobo servidor da Universidade Federal do Reconcavo Baiano (UFRB), pretende aplicar o que aprendeu no curso em seu local de trabalho, “”eu estou gostando muito do curso, acho que o mundo sem conflito é um mundo muito mais harmonioso e todas as.

 

Jenivalda Sampaio – Foto Marcelo Bahiano

 Para isso a ACIDE conta com parcerias, e para realizar esse evento de mediação, a mais importante colaboração foi da Comissão ds Direitos da Pessoa com Deficiencia  e Necessidades Especiais da OAB Subseção Vitória da Conquista presidida pela Advogada Jenivalda de Jesus Sampaio que teve a importancia na operacionalidade e logistica  para viabilizar esse curso na cidade. ““Nós da Comissão abraçamos e apoiamos este lindo projeto, tendo em vista que é mais uma porta que se abre para a inclusão da passoa com deficiência no mercado de trabalho””, falou Jenivalda e ainda ressaltou que a pessoa com deficiencia visual tem mais sensibilidade para mediar a pacificação desses conflitos, desafogar o poder judiciário e resolver as demandas de forma mais célere para que todos saiam ganhando.

 

 

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